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O ex-presidente Jair Bolsonaro está clinicamente estável, sem dor e sob cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após passar por uma cirurgia de grande porte neste domingo (13/04), no hospital DF Star, em Brasília.
O procedimento, que durou 12 horas, foi realizado para tratar uma suboclusão intestinal — uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores, em decorrência da facada de 2018.
Segundo boletim médico divulgado pela equipe que acompanha o ex-presidente, a operação envolveu uma extensa lise de aderências (cirurgia para remover faixas de tecido que ficaram coladas por cicatrizes internas) e a reconstrução da parede abdominal. A intervenção ocorreu sem intercorrências e não houve necessidade de transfusão de sangue.
Durante a cirurgia, os médicos identificaram que a obstrução intestinal era causada por uma dobra no intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal. O problema foi corrigido com a liberação das aderências.
Segundo o cardiologista da equipe, Leandro Echenique, esta cirurgia – a sétima desde o atentado – está entre "as mais complexas" feitas no ex-presidente. A longa duração do procedimento, inclusive, já era esperada.
"Não houve nenhuma complicação, realmente foi o que era esperado. Um procedimento muito complexo. Agora nos cuidados pós-operatórios, quando há um procedimento muito prolongado como esse, o organismo do paciente acaba tendo uma resposta inflamatória muito importante, fica muito inflamado", diz Echenique.
"Isso pode levar a uma série de intercorrências. Aumenta o risco de algumas infecções, de precisar de medicamentos para controlar a pressão. Há um aumento do risco de trombose, problemas de coagulação do sangue. O pulmão, a gente acaba tendo um cuidado específico [...] Todas as medidas preventivas serão tomadas, por isso que ele se encontra na UTI neste momento", seguiu.
Ainda de acordo com o hospital, Bolsonaro permanece internado na UTI, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e de prevenção de infecções.
Ele foi transferido para Brasília em uma UTI aérea na noite de sábado (12), após sentir fortes dores abdominais durante um evento do PL no Rio Grande do Norte.