Em uma iniciativa inédita no país, a Cedae vai colocar a Inteligência Artificial (IA) a serviço da identificação e prevenção de eventos que possam representar algum risco para o tratamento da água que abastece o Rio de Janeiro. O projeto, chamado IAguas, também é o primeiro da modalidade a receber recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão de fomento ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A Finep vai destinar cerca de R$ 2 milhões para as startups VM9 e NOAH Smart City, que venceram o tema "Cidades Inteligentes e Turismo 4.0" do Programa Finep Startups com a proposta de criar um modelo de Inteligência Artificial voltado para o monitoramento da qualidade da água e serviços de tratamento. A Cedae vai investir outros R$ 300 mil.
Na última quinta-feira, dia 11 de janeiro, a equipe do IAguas, formada por representantes das startups, da Cedae e da Universidade Federal Fluminense (UFF), reuniu-se pela primeira vez. Depois do encontro, que aconteceu no centro de inovação socioambiental da Companhia, eles fizeram uma visita técnica ao manancial de captação de água e à Estação de Tratamento do Guandu, onde o projeto será aplicado.
Os técnicos vão criar um modelo computacional com foco na identificação de anormalidades em mananciais e emissão de alertas prévios.
- Isso vai facilitar a tomada de decisões antecipadas que contribuam para aumentar a segurança hídrica e a sustentabilidade econômica, alinhada aos princípios ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) que norteiam as ações da Companhia – explica Aguinaldo Ballon, presidente da Cedae.
A previsão é que o projeto seja concluído em 24 meses.