Eduardo Paes denuncia policiais após oferta de segurança privada para moradores do Jardim Botânico

A Polícia Militar informou que abriu um inquérito para apurar o caso

Por Conexão no Ar em 17/01/2024 às 09:15:13
Foto: Divulgação

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O prefeito do Rio, Eduardo Paes, denunciou nesta terça-feira (16) que moradores de ruas do Jardim Botânico, na Zona Sul, estão sendo pressionados a aceitar serviço de segurança particular. Um dos homens que faz a oferta se identifica como suboficial da Polícia Militar, segundo prints das imagens reproduzidas por Paes em sua conta no X (antigo Twitter).

"Os moradores não toparam mas obviamente ficaram assustados. O sujeito manda uma mensagem por WhasApp e ainda um modelo de contrato. O que mais impressiona é que o sujeito se identifica como agenda do Estado para oferecer serviços de "segurança". Tem algo muito errado quando fora do horário de expediente alguém oferece serviços que deveriam ser oferecidos na hora do expediente", escreveu Paes.


O prefeito informou que repassou todas as informações ao secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, para que tome as providências necessárias.

"Toda a vez que identificarmos uma situação assim, vamos denunciar publicamente (o objetivo é constranger mesmo) e encaminhar formalmente através do delegado Brenno para que (?) esses agentes públicos possam ser punidos", escreveu Paes, que, na semana passada, já denunciara a ação de criminosos que tentaram extorquir R$ 500 mil da empreiteira responsável pela obra do Parque Piedade, na área onde havia a Faculdade Gama Filho. Por conta da denúncia, um traficante que teria sido autor da tentativa de extorsão foi identificado e está sendo procurado pela polícia.

A Polícia Militar afirmou que a Corregedoria Geral da corporação já identificou o policial e instaurou procedimento para apurar o caso.

"O comando da corporação não compactua e nem tolera quaisquer desvios de conduta, cometimento de crimes ou de abuso de autoridade praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos", afirmou a corporação, em nota.

O Estatuto dos Policiais Militares proíbe agentes da ativa de trabalharem em organizações e empresas privadas.

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