Deportados dos EUA

Brasileiros deportados dos EUA relatam medo, agressões e humilhações

Entre os 88 brasileiros, vários foram algemados pelos agentes de imigração dos Estados Unidos.


Foto: Reprodução

Os primeiros brasileiros deportados dos Estados Unidos, depois da posse de Donald Trump como presidente, pousaram no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Grande BH, na noite deste sábado (25/01).

Relatos da experiência da viagem de retorno são dramáticos, com agressividade dos agentes de imigração, das condições desumanas durante todo processo de deportação, e até mesmo problemas com o avião.

Sandra Pereira de Souza, de 36 anos, o marido Alisdete Gonçalves dos Santos, de 49, e os dois filhos pequenos estavam entre os passageiros. Ela contou que viveu momentos tensos, desde o tratamento que receberam até a falta de estrutura do avião.

"Um inferno, uma tortura desde que saímos da Louisiana. Deu para perceber que o avião tinha algum problema. Acho que foi uma falta de compromisso deles com os seres humanos, a gente estava morrendo de medo de morrer".

Segundo Sandra, eles caíram em um tipo de armadilha, saíram de casa acreditando que iriam para uma reunião com a imigração, mas não retornaram. Levando apenas os pertences que tinham em mãos e nem ao menos tiveram tempo de pegar uma fralda para o filho.

Apesar de terem imigrado ilegalmente, o casal disse que cumpria com todas as obrigações com a imigração, há três anos e meio, desde que chegaram. Eles construíram uma empresa nos Estados Unidos e a deixaram para trás, além da casa e o carro que tinham.

Sandra e Alisdete, que nasceram em Itambacuri, na Região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, disseram que não estava nos planos voltar para o Brasil, mas, depois do que passaram, querem somente reconstruir a vida no Brasil.

Algemas, agressões e ameaças

Entre os 88 brasileiros, vários foram algemados pelos agentes de imigração dos Estados Unidos. Durante o voo de Manaus para Belo Horizonte, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a retirada das correntes e solicitou um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para eles completassem a viagem com dignidade e segurança.

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