Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Hospital municipalizado

Paes promete revitalização do Hospital do Andaraí em um ano

Abertura da emergência da unidade será feita parcialmente em janeiro de 2025, segundo a Secretaria de Saúde do Rio


Foto: Reprodução/perspectiva do projeto

O prefeito Eduardo Paes e o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, visitaram o Hospital Federal do Andaraí, na Tijuca, Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (09/12) para apresentar o plano de reestruturação da unidade, que enfrenta anos de abandono e capacidade reduzida. O objetivo é reabrir setores estratégicos, aumentar a capacidade de atendimento e fortalecer áreas de alta complexidade. O município assumiu a unidade federal e o Cardoso Fontes definitivamente em 4 de dezembro após meses de tratativas com o Ministério da Saúde.

Durante visita, Paes destacou o estado de abandono da unidade e anunciou um plano emergencial para sua recuperação.

"Aqui temos áreas completamente abandonadas, obras paradas, uma cozinha fechada e pacientes sendo atendidos de forma precária. Vamos reformar, reforçar o quadro de funcionários e colocar o hospital para funcionar plenamente. Dei o prazo de um ano para que tudo esteja operando como deveria", afirmou o prefeito, enfatizando a parceria com o governo federal para garantir os recursos necessários.

Na última quarta-feira, o governo federal transferiu a gestão dos hospitais federais do Andaraí (HFA) e Cardoso Fontes (HFCF) ao município do Rio de Janeiro. O acordo para a descentralização das unidades de saúde foi assinado por Paes e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O presidente Lula, diferentemente do passado, municipalizou os hospitais federais e garantiu o custeio e os investimentos. Isso nos permite uma gestão mais próxima e eficaz, atendendo melhor a população", disse o prefeito.

Emergência será reaberta parcialmente em janeiro

O secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, detalhou as ações que serão implementadas. A emergência, fechada há anos, será reaberta em um espaço provisório em janeiro de 2025, enquanto a inauguração definitiva está prevista para 2026.

"O Hospital do Andaraí tem um potencial de 450 leitos, mas hoje apenas 168 estão ocupados. Queremos reativar andares fechados e ampliar a capacidade de atendimento", disse Soranz.

Uma das grandes novidades anunciadas pela prefeitura é a instalação de um novo Centro de Terapia Intensiva (CTI) no 10º andar, onde funcionava a maternidade, fechada desde 2007. No momento, dos 80 leitos de CTI disponíveis no hospital, apenas dez estão funcionando.

A cozinha da unidade, fechada há 15 anos, também está entre as prioridades. Atualmente, segundo o secretário, o hospital gasta cerca de R$ 1,5 milhão por mês com transporte de refeições, enquanto a obra da cozinha está estimada em R$ 6 milhões.

Outro setor que receberá atenção é o de radioterapia, já reformado, mas ainda inativo devido à falta de recursos humanos. A previsão é que o serviço seja reativado entre o final de janeiro e o início de fevereiro de 2024. Além disso, o hospital possui equipamentos de imagem que permanecem lacrados por falta de estrutura para uso.

Até outubro de 2025, outros setores do hospital, como os andares desativados e elevadores, também devem voltar a funcionar. Além disso, está prevista a contratação de novos profissionais e a manutenção de contratos de empresas terceirizadas.

O pacote de obras anunciado nesta segunda-feira também inclue a reforma do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) e a reorganização do setor de imagens, que possui equipamentos novos ainda lacrados, em desuso.

Gestão e recursos

Um contrato de gestão da emergência foi firmado com a Viva Rio e a Rio Saúde. Soranz anunciou que o governo federal disponibilizou um aporte de R$ 610 milhões com reajuste anual para que a prefeitura possa gerir as unidades federais, Andaraí e Cardoso Fontes, incluindo R$ 150 milhões para investimentos.

Soraz pontuou que o governo tem apostado em parcerias com outros órgãos e empresas para a recuperação das unidades federais, como o hospital universitário Clementino Fraga (Fundão), sob gestão da Ebserh, e o Hospital Geral de Bonsucesso, com apoio do Grupo Hospitalar Conceição.

Além disso, ainda de acordo com o secretário, o governo assinou um contrato de R$ 1 bilhão para a construção de uma nova unidade do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Urgência na abertura de leitos

Atualmente, o Andaraí tem cerca de 450 pacientes ocupando as salas vermelha e amarela do hospital, aguardando transferência para leitos de alta complexidade.

— Precisamos reabrir os leitos das unidades federais para garantir o atendimento adequado a essas pessoas — destacou Soranz ao citar outras ações em andamento:

  • Reforma da cozinha, fechada há 15 anos;
  • Instalação de um CTI no 10º andar;
  • Revitalização do CTQ;
  • Reabertura parcial da emergência;
  • Retrofit dos andares e melhoria dos elevadores.

Com as obras e recursos anunciados, a expectativa é que o Hospital do Andaraí recupere sua capacidade total e melhore o atendimento à população até o fim de 2026.

Rio hospital do Andaraí municipalização prefeitura secretaria de saúde revitalização

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!