A Rocinha é a maior favela do Brasil em número de habitantes, com uma população maior do que 91% das cidades do país, segundo dados do Censo 2022.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a comunidade tem 72.021 moradores, o que representa mais habitantes que dois terços dos municípios fluminenses. Das 92 cidades do estado, 59 têm menos habitantes que a Rocinha.
Em âmbito nacional, a Rocinha é maior que 91% dos 5.570 municípios brasileiros.
Os dados do IBGE revelam que, depois da Rocinha, Sol Nascente, no Distrito Federal, e Paraisópolis, em São Paulo, vêm em número de habitantes.
Os dados preliminares do Censo, divulgados em 2023, chegaram a apontar Sol Nascente como maior, mas a informação não se confirmou nos dados finais.
Além do número de moradores, a Rocinha está na frente também em número de domicílios, que totaliza 30.371 residências particulares ocupadas.
Na lista das 20 maiores favelas em número de habitantes no país, outras comunidades cariocas aparecem. Em 5º está Rio das Pedras, com 55.653 moradores; em 16º está o Jacarezinho, com 29.766 pessoas vivendo no local.
O Rio de Janeiro é o segundo estado com o maior número de favelas, ficando atrás somente de São Paulo. O território fluminense conta com 1.724, e o paulista tem 3.123.
O Rio de Janeiro tem mais de 2 milhões de pessoas vivendo nas favelas no estado do Rio.
Contudo, uma realidade além dos números que a pesquisa revela são as condições das moradias, esgotamento sanitário, acesso à água, tratamento de lixo.
Nas favelas do Rio, 86,2% dos domicílios estão conectados à rede de esgoto sanitário, ou então a fossas.
O número é maior que a média nacional, que considera também as áreas rurais (77,4%).
Os dados mostram que 16,3 milhões de brasileiros vivem em favelas e comunidades urbanas. O número representa 8,1% da população do país.
A maioria das favelas, cerca de 72,5%, conta com até 500 lares.