A Polícia Federal está investigando a ação de criminosos nos incêndios florestais e em propriedades rurais que cobriram de fumaça parte do país neste fim de semana. Foram abertos dois inquéritos para apurar o surgimento de focos de fogo em São Paulo, além de outros 31 já em andamento sobre queimadas na Amazônia e no Pantanal.
Cidades de Goiás, São Paulo e Minas, assim como o Distrito Federal, foram seriamente atingidas pela fumaça. Em Goiânia, o Aeroporto Internacional Santa Genoveva teve de ser fechado devido à falta de visibilidade. Em Minas, segundo a Defesa Civil, houve 68 focos de incêndio em 27 municípios. Em São Paulo, 34 cidades do interior estão em alerta máximo para queimadas e 24 enfrentam focos ativos de incêndio.
Dois homens foram presos em São Paulo acusados de provocar incêndios, informou o governador Tarcísio de Freitas. As prisões ocorreram em São José do Rio Preto no sábado e em Batatais no domingo. O governo estadual decretou situação de emergência em 45 municípios.
Com Brasília coberta pela fumaça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e funcionários do Ibama. Após o encontro, a ministra disse que há forte suspeita de que os incêndios em São Paulo fazem parte da articulação de "um novo dia do fogo", como ocorreu na Amazônia em 2019 e no Pantanal. Marina disse também que no momento há intensas queimadas na Amazônia, no Pantanal, em São Paulo e na Bolívia, que chegou a pedir ajuda ao Brasil para conter as chamas. Já Lula declarou ser importante uma atuação séria da Justiça e da polícia para punir quem está propagando fogo: "Quando a fumaça ocupa o território nacional, como está ocupando agora, causando problema de saúde, essas pessoas têm que ser julgadas, têm que ser punidas por irresponsabilidade". (Meio)
O governo federal vai enviar quatro aviões militares para ajudar no combate às chamas no interior de São Paulo, anunciou o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.