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Aulas suspensas

Protesto fecha acesso ao campus da Uerj no Maracanã e provoca confusão entre estudantes e funcionários da instituição

Reitoria abre sindicância para apurar ataque com bombas e intimidações a seguranças da instituição.


Foto: Reprodução

Uma manifestação de estudantes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) fechou os acessos ao campus e terminou em confusão com funcionários da instituição, na manhã desta quinta-feira (15/08).

O tumulto ocorreu próximo à entrada do portão 5, uma das principais vias de acesso ao campus, e aumentou quando funcionários teriam tentando forçar a entrada para ter acesso ao hall de elevadores.

O protesto é contra o Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda 038/2024), que mudou os requisitos para obtenção das bolsas estudantis na universidade.

Na noite de quarta-feira (14/08), eles bloquearam as portas da universidade com mesas e bancos, impedindo a entrada de professores e outros estudantes. A reitora da Uerj foi acionada para conversar com os manifestantes.

As mudanças nos auxílios constam no Aeda 038/2024, em vigor desde o dia 1º, que o movimento estudantil chama de "Aeda da Fome". A categoria afirma que 5 mil universitários foram prejudicados de alguma forma.

Atualmente, 2,6 mil estudantes estão na categoria de vulnerabilidade social. Eles entraram na faculdade pela ampla concorrência — fora do sistema de cotas — e, durante a matrícula, comprovaram a renda e passaram pelo sistema de avaliação socioeconômica.

Como era:

  • Auxílio-material: para pagar despesas com livros e impressões. Era pago 2 vezes ao ano, a cada semestre, no valor total de R$ 1,2 mil;
  • Auxílio-alimentação e passagem: R$ 300 cada, por mês;
    • Bolsa de apoio a vulnerabilidade social: R$ 706 por mês com duração de 2 anos para quem comprovasse renda bruta de até um salário mínimo e meio por pessoa da família, ou R$ 2.118;
    • Auxílio-creche para quem solicitasse.

    Como ficou:

    • A bolsa de vulnerabilidade agora exige renda bruta de meio salário mínimo por pessoa da família, ou R$ 706;
    • Auxílio-material foi reduzido à metade;
    • o auxílio-alimentação ficou restrito a quem estuda em campus sem restaurante universitário. Quem frequenta o Maracanã agora só tem o bandejão;
    • o auxílio-creche será pago a apenas 1,3 mil estudantes.

    O que diz a reitoria

    "Após a ocupação das salas da Reitoria, no dia 26/7, e de diversas tentativas de negociação com os estudantes do movimento, ontem à noite as entradas do Pavilhão João Lyra Filho, no campus Maracanã, foram obstruídas, em um novo ato que se valeu do uso de bombas e intimidações aos agentes de segurança da Uerj.

    Em decorrência disto, a Reitoria determinou a abertura de uma sindicância interna para apuração dos novos fatos e discute as ações jurídicas para garantir o pleno funcionamento da Universidade. A ocupação com a obstrução é inaceitável, pois causa prejuízos acadêmicos e administrativos à Uerj, comprometendo, inclusive, o próprio pagamento de bolsas e auxílios. Com funcionários impedidos de entrar nas salas da Administração Central, a gestão vê com enorme preocupação as implicações destes atos na execução de suas atividades essenciais.

    As aulas e o expediente administrativo foram suspensos no dia de hoje (15/8). Antes da obstrução das entradas, uma comissão de representantes da Uerj esteve reunida com o movimento de ocupação em mais de uma ocasião ao longo dos últimos dez dias. As propostas para dar solução ao impasse foram todas recusadas pelos estudantes."

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