CPI da Alerj vai abrir 'Caixa Preta' da Uerj

Um dos alvos da investigação é arrecadação não declarada com estacionamento em dias de jogos no Maracanã

Por Conexão no Ar em 14/08/2024 às 13:09:43
Foto: Reprodução

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A CPI da Transparência da Alerj vai encaminhar à Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro um relatório com as irregularidades verificadas em fiscalização realizada no estacionamento da Universidade do Estado do Rio (Uerj) em dia de jogo no Maracanã. Somente nos oito meses deste ano, o serviço já faturou mais de R$1 milhão.

A oitiva da comissão foi realizada nesta terça-feira (13/08).

A intenção, segundo o vice-presidente da CPI, deputado Filippe Poubel (PL), é que a delegacia especializada da Polícia Civil instaure inquérito para investigar e, posteriormente, apontar eventuais crimes.

Relatório da Controladoria Geral do Estado (CGE) reprovou a prestação de contas da Uerj em 2022, apontando impropriedades e irregularidades a serem sanadas, incluindo a gestão do estacionamento. Desde 2017, no entanto, o órgão especial vem alertando a universidade sobre falhas, informou o auditor-geral Cid do Carmo, presente à CPI.

A comissão também deliberou e aprovou pedido de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático dos funcionários que respondem por peculato a um inquérito aberto pelo Ministério Público do Estado (MPE-RJ). Dois desses servidores obtiveram na Justiça habeas corpus impetrado pela procuradoria-geral da UERJ para não responderem aos questionamentos dos deputados durante a CPI: Andrea Travassos Rocha, chefe da divisão de segurança do campus da Uerj, e Antônio Carlos Marinho, coordenador de segurança do campus, ambos convocados na condição de testemunhas pela comissão.

"Não há transparência. Nenhum portal mostra o valor arrecadado e a destinação do dinheiro do estacionamento. A CPI vai continuar trabalhando para abrir essa caixa-preta da UERJ porque os indícios de corrupção são escandalosos, não iremos deixar passar, para que os criminosos sejam responsabilizados", afirmou o presidente da CPI, o deputado Alan Lopes.

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