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Candidatura ameaçada

Clébio Jacaré entra com habeas corpus preventivo para não ser preso

Clébio chegou o ser preso pelo MPRJ em setembro de 2022


Foto: Reprodução

A campanha só começa no próximo dia 16, mas Clébio Jacaré (União) não quer correr o risco de ver uma cena das eleições de 2022 se repetir, quando foi detido a 17 dias do pleito. Argumentando ter sido "alvo de uma armação política, o aspirante a prefeito de Nova Iguaçu entrou com um habeas corpus preventivo para impedir eventual prisão.

Pela legislação eleitoral, um candidato não pode ser preso 15 dias do primeiro turno, exceto se for em flagrante. No HC apresentado nesta sexta-feira (09), Clébio Jacaré suplica a extensão desse prazo para que, "no mínimo, seja referenciada a impossibilidade de aprisionamento do paciente dia 9.8.2024, estendido até o fim do 2º turno".

Adversários poderosos

No pedido feito ao Tribunal Regional Eleitoral, a advogada do empresário afirma que ele surge "como principal candidato para a corrida eleitoral" e sofre "risco iminente de ver cerceada a liberdade". Argumenta que, em 2022, a prisão do então candidato ao cargo de deputado federal foi apressada justamente para respeitar o prazo de 15 dias.

A advogada afirma ainda que seu cliente "lida com adversários poderosos e influentes que podem, através de denúncias vazias e infundadas gerar prejuízos que comprometerão e influenciarão negativamente a corrida eleitoral".

Empate técnico

Embora, no habeas corpus, Clébio Jacaré aponte que parte dos riscos se justifica por liderar as intenções de votos, a primeira pesquisa Quaest para prefeito de Nova Iguaçu revelou o empate técnico entre Tuninho da Padaria (PT), Clébio Jacaré (União Brasil) e Dudu Reina (PP).

Os três estavam embolados dentro da margem de erro — que é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Tuninho e Jacaré tinham 18% das intenções de voto e Reina, 13%. Indecisos somavam 8%.

Solto em uma semana

Em 2022, a prisão de Clébio Jacaré ocorreu na Operação Apanthropía, do Ministério Público do Rio, por suspeitas de desvio de dinheiro público e organização criminosa. A denúncia dizia que ele tinha participado ativamente de esquemas de desvio de verba pública na Prefeitura de Itatiaia.

Ele foi solto uma semana depois da prisão e não houve condenação. Mesmo com o revés, obteve 36.453 votos e ficou como suplente.

Aumento de patrimônio

O empresário Clébio Jacaré se mostra, até agora, como o candidato mais abastado da Baixada Fluminense nas eleições 2024. À Justiça Eleitoral, ele declarou ter R$ 49,6 milhões de patrimônio. E ele faz parte do grupo de desconfiados — e destemidos — que guarda dinheiro em espécie "no colchão". Ele disse ter R$ 4,2 milhões em moeda nacional e mais R$ 98,6 mil em notas estrangeiras.

Entre os bens estão R$ 26,9 milhões em direito de crédito, R$ 7,4 milhões em quotas de empresas, R$ 5,7 milhões em imóveis e R$ 2,9 milhões em benfeitorias em imóveis.

Em comparação a 2022, ele fez seu patrimônio crescer 211,7% em dois anos. Na época, declarou R$ 15,9 milhões de posses, sendo R$ 5,1 milhões em dinheiro vivo e mais de R$ 2,8 milhões em cotas em mais de 10 empresas diferentes.

Mas, agora, a declaração de bens de Clébio não traz a indicação das empresas nas quais ele possui participação, apenas que o total em quinhões passa dos R$ 7,4 milhões.

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