PF diz que imagens que poderiam levar a assassinos foram ignoradas, de propósito, por delegados indiciados

Rivaldo Barbosa e Giniton Lages, além de comissário, são suspeitos de obstrução de Justiça; eles negam

Por Conexão no Ar em 11/08/2024 às 08:31:53
Foto: Reprodução

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A Polícia Federal entregou na sexta-feira (9/08) ao Supremo Tribunal Federal um relatório complementar sobre obstrução de investigação do caso Marielle. A corporação ratificou o indiciamento dos delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages, além do comissário Marco Antonio de Barros Pinto, o Marquinhos.

A Polícia Federal afirma que agentes da cúpula da Polícia Civil agiam juntos pra atrapalhar as investigações sobre os assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

Segundo o relatório, imagens de câmeras de segurança que poderiam ter ajudado os assassinos a serem encontrados de forma mais rápida, não foram buscadas de propósito.

O relatório de 87 páginas apresenta novos elementos que, para a PF, apontam que os três tentaram esconder os assassinos.

Essa investigação de obstrução passou a ocorrer em paralelo com o inquérito da Polícia Federal que acusa os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandante do crime e o delegado Rivaldo Barbosa como mentor dos assassinatos.

Os investigadores analisaram documentos e o conteúdo dos celulares apreendidos em março deste ano na operação que prendeu os irmãos Brazão.

A Polícia Federal também ouviu novos depoimentos, entre eles, o do atual secretário de Polícia Civil - Marcus Amim. Na época, Amim trabalhava na delegacia de Vicente de Carvalho.

Ele disse aos investigadores que, uma semana depois das mortes de Marielle e Anderson, encontrou Rivaldo e deu sugestões para o caso. Mas Rivaldo teria se negado a ouvir e orientado que ele procurasse Giniton Lages.

Marcus Amim afirma que encontrou Giniton por acaso e indicou que só cinco pessoas poderiam estar pos trás da execução do crime.

Entre elas estavam o capitão Adriano que, segundo Amim, saía do Condomínio Floresta, em Rio das Pedras, para promover suas execuções, e Ronnie Lessa, que segundo o então delegado, saía da região do Quebra-mar ou de sua casa na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca.

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