Estado do RJ registra redução no número de internações por síndromes respiratórias

Crianças menores de um ano e faixa etária de um a quatro anos predominam em hospitalizações

Por Conexão no Ar em 24/07/2024 às 12:04:51
Foto: Reprodução

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A nova edição do Panorama de Síndrome Respiratória Aguda Grave e Vírus Respiratórios (Panorama SRAG), divulgada nesta terça (23/07) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), apresenta mudança no número de internações causadas por síndromes respiratórias agudas graves. Nesta nova análise, há pela primeira vez, uma tendência de queda no número de internações por síndromes respiratórias (SRAG). No período analisado, das Semanas Epidemiológicas (SE) 26 a 28, que compreendem 23/06 a 13/07, a estimativa de internações do nowcasting foi de 434 internações, com 274 já registradas, para a SE 26; na SE 27, o modelo apontou 387 internações estimadas, sendo que 280 internações estão registradas no sistema; para a SE 28 foram estimadas 359 internações, com 175 internações já registradas de SRAG. Os dados estão no link: https://cisshiny.saude.rj.gov.br/painel_srag/, no Painel de Indicadores Precoces.

As crianças menores de um ano são as que predominam no número de internações por SRAG, seguido da faixa etária de 1 a 4 anos. No entanto, já é possível observar uma redução nas internações de menores de 9 anos, na SE 28. As faixas etárias acima de 60 anos não apresentam número de internações expressivas.

As faixas etárias que mais contribuíram para os óbitos foram, nas últimas semanas, os maiores de 70 anos. Até a SE 28 de 2024, foram registrados 817 óbitos no total, incluindo todas as faixas etárias. Considerando uma série histórica de 10 anos, o número esperado de óbitos até a SE 28 seria de 1374 óbitos, ambos excluindo óbitos por COVID-19.

"Apesar da redução no número de internações na última semana epidemiológica, continuamos em atenção diante do cenário de grande número de casos, principalmente, em crianças de um a quatro anos. A vacinação contra a gripe é fundamental por ser o principal método de prevenção, uma vez que ajuda a evitar o agravamento dos casos de síndromes respiratórias agudas graves", alerta Claudia Mello, secretária de estado de Saúde do Rio de Janeiro.

A vacina contra o vírus da influenza protege para as cepas H3N2 e H1N1, que estão circulando no momento, e está disponível para a população prioritária nas unidades de saúde.

Rinovírus segue predominante em crianças e idosos

O Panorama SRAG também analisa os tipos de vírus que predominam nas diversas faixas etárias dos pacientes internados.

Pelo painel viral, o Rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) são os principais vírus causadores de síndrome gripal (SG). Entre os menores de 4 anos a prevalência é do vírus Rinovírus com (32,72%), seguido pelo VSR de (30,57%). Nos acima de 80 anos, o Rinovírus (9,92%) e a Influenza A (5%), são os principais causadores de SG.

O Panorama SRAG utiliza três sistemas como fonte de dados: o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), o Sistema Estadual de Regulação (SER) e o Sistema de Informação de Gerenciamento de Amostra Laboratorial (GAL), no qual são registrados os resultados dos exames feitos pelo LACEN-RJ, laboratório estadual de referência.

Panorama SRAG

A SES-RJ, por meio Centro de Inteligência em Saúde (CIS), utiliza o Diagrama de Controle para analisar uma série histórica de 10 anos para fazer uma estimativa do número de casos esperados para uma determinada época do ano.

O diagrama é composto por uma faixa delimitando os limites máximo e mínimo e a média ou mediana de casos esperados a partir da série histórica. Essa faixa é denominada de canal endêmico.

Quando o número de casos do ano atual está fora da faixa, é possível concluir que estamos fora do número esperado de casos para o período de tempo.

A análise desta semana mostra que o número de casos está retornando para o canal endêmico.

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