Ação integrada em favelas da Zona Oeste do Rio vai ser levada para outras regiões do estado

Governo vai garantir segurança para regularização de serviços em áreas tomadas pelo crime organizado

Por Conexão no Ar em 16/07/2024 às 12:27:45
Foto: Reprodução

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Num momento em que facções criminosas disputam espaços territoriais no Estado, o secretário de Segurança Pública do RJ disse na manhã desta terça-feira (16/07) que pretende levar a operação que acontece na Zona Oeste para outras regiões do Rio de Janeiro.

A Praça Seca, também na Zona Oeste, e o Complexo do Lins, na Zona Norte, serão os próximos. No entanto, não há data para a mobilização do efetivo.

"Essa ação, ela tem escalabilidade. Dependendo da região, ela pode usar um efetivo maior ou menor do que usamos nessa região. Mas, ela vai ser aplicada em todo o estado do Rio de Janeiro, inclusive na Região Serrana e Costa Verde. Não só a Região Norte e Oeste, que a gente sabe que tem algum tipo de problema", afirmou Victor Santos.

Pelo segundo dia consecutivo, agentes das polícias Civil e Militar atuam em 10 comunidades nos bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio, Itanhangá, Vargem Grande e Vargem Pequena. Ninguém foi preso nesta terça.

Até agora, nenhum criminoso importante foi preso na ação. O governador Cláudio Castro, nesta segunda (15/07), afirmou que houve vazamento da operação.

Nesta terça, o secretário de Segurança Pública disse que apura se isso facilitou a fuga de bandidos importantes das facções criminosas. Santos afirmou que em caso de confirmação, a punição será exemplar. Ele destacou que está preocupado com a exposição antecipada das ações.

"Nós estamos preocupados é com o vazamento qualificado, ou seja, um determinado alvo que nós tínhamos em mente para prendê-lo e nós não conseguimos prender porque ele fugiu. Isso sim, preocupa. Então, esse vazamento qualificado é que é alvo de investigação. Em havendo, com certeza, quem vazou vai ser, a punição vai ser exemplar".

Nesta terça, agentes usam drones com reconhecimento facial e até um helicóptero com sensor térmico e farol externo para monitorar as vias mais movimentadas da Zona Oeste.

Até agora, 31 pessoas foram presas. O foco, neste segundo dia, será atacar a exploração de serviços pelos criminosos, com o objetivo de asfixiar financeiramente as quadrilhas.

Para isso, o secretário de Segurança Pública se reuniu nesta terça, na base do Segurança Presente da Barra da Tijuca, com representantes de concessionárias de serviços públicos como: Iguá [água], Naturgy [gás] e Light [energia elétrica].

Após o encontro, equipes dessas empresas seguiram para as comunidades com apoio dos agentes de segurança pública.

"Vamos entrar nessas comunidades para restabelecer serviço interrompidos. A Polícia Militar vai estar presente ostensivamente para garantir que os serviços sejam prestados e, obviamente, a Polícia Civil e a DDSD (Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados), que é a especializada. Havendo algum tipo de crime desses serviços, vão atuar", informou Santos.

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