No agregado nacional, hĂĄ indĂcio de estabilidade de SRAG tanto na tendĂȘncia de longo prazo (Ășltimas seis semanas) quanto na de curto prazo (Ășltimas trĂȘs semanas). Referente à Semana Epidemiológica 25, de 16 a 22 de junho, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 24 de junho.
A covid-19 tem se mantido em patamares baixos quando comparada a seu histórico de circulação. Contudo, o vĂrus tem sido a principal causa de internação por SRAG entre os idosos no estado do CearĂĄ nas Ășltimas semanas. Além disso, alguns estados do Norte e Nordeste também tĂȘm apresentado uma leve atividade de covid-19.A pesquisadora do Programa de Computação CientĂfica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe Tatiana Portella diz que ainda não tem nenhum sinal claro de crescimento de circulação da covid tanto no paĂs, sobretudo nessas regiões. "No entanto, esse inĂcio de atividade do vĂrus nas regiões Norte e Nordeste merece a nossa atenção nas próximas semanas. É importante que os hospitais e as unidades de sĂndrome gripal dessas regiões reforcem a atenção para qualquer sinal de aumento na circulação do vĂrus", alerta Tatiana.
Diante desse cenĂĄrio, a pesquisadora destaca a importância da vacinação, tanto da influenza quanto da covid-19, de todos os elegĂveis para se imunizar. Além disso, alguns cuidados, como o uso de mĂĄscaras em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e em postos de saĂșde, são recomendados, sobretudo aos moradores das regiões que apresentam alta na circulação de vĂrus respiratórios. Tatiana recomenda que, em caso de aparecimento de sintomas, a pessoa se isole, se possĂvel, para evitar a transmissão do vĂrus a outros indivĂduos que ainda não foram infectados e que são grupo de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades.
Nas quatro Ășltimas semanas epidemiológicas, a prevalĂȘncia entre os casos com resultado positivo para vĂrus respiratórios foi de influenza A (22,6%), influenza B (0,8%), vĂrus sincicial respiratório (47,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (6%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vĂrus entre os positivos foi de influenza A (47,1%), influenza B (0,3%), vĂrus sincicial respiratório (21,5%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,4%).
Fonte: AgĂȘncia Brasil