O FIFPRO, sindicado mundial que representa atletas de futebol, informou nesta quinta-feira (13) que entrou com ação contra a Fifa.
A entidade que organiza o esporte garantiu em maio que não considerava a possibilidade de remarcar a disputa do novo Mundial de Clubes, que passará a contar com 32 equipes, mesmo após o sindicado ameaçar mover ações legais caso a Fifa não revisasse seus planos.
A FIFPRO disse nesta quinta-feira que a Associação de Futebolistas Profissionais da Inglaterra (PFA) e o sindicato dos jogadores da França (UNFP) apresentaram ação junto à Corte Internacional do Comércio de Bruxelas, na Bélgica.
"Os sindicatos membros da FIFPRO apresentaram ação legal contra a Fifa contestando a legalidade das decisões de definir unilateralmente o calendário internacional de jogos e, em particular, a decisão de criar e programar a Copa do Mundo de Clubes da Fifa 2025", disse a FIFPRO em um comunicado.
"Os sindicatos de jogadores acreditam que estas decisões violam os direitos dos jogadores e dos seus sindicatos ao abrigo da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, ao mesmo tempo que violam potencialmente o direito da concorrência da UE".
"Jogadores e os seus sindicatos têm consistentemente destacado o atual calendário do futebol como sobrecarregado e impraticável".
"No entanto, a Fifa, conforme destacado em recentes representações de sindicatos e ligas internacionais, não conseguiu se envolver ou negociar de forma significativa e continuou unilateralmente um programa de expansão da competição, apesar da oposição dos sindicatos de jogadores. Isto incluiu a decisão de prosseguir com uma recém-ampliada Copa do Mundo de Clubes".
A Fifa não se manifestou sobre o caso.