Romário e Marcos Braz são alvos de investigação no STF por suposto esquema de corrupção

Sob sigilo, inquérito, que foi aberto após delação, apura desvio de dinheiro destinado a projetos esportivos da Prefeitura do Rio de Janeiro

Por Conexão no Ar em 27/05/2024 às 15:01:26
Foto: Reprodução

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A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) estão investigando o senador Romário (PL-RJ) por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro destinado a projetos esportivos da Prefeitura do Rio de Janeiro. O vereador Marcos Braz (PL), vice-presidente de futebol do Flamengo, também é alvo das investigações. As informações são do jornalista Rubem Berta, colunista do UOL.

Com base em uma delação premiada, um inquérito foi aberto no início deste mês no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o caso, que apresenta indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O inquérito, sob sigilo, tem como relatoria do ministro Kassio Nunes Marques.

As investigações começaram a partir da delação premiada do empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, preso em 2019 sob a acusação de desviar recursos destinados a projetos sociais do governo e da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Em 2020, Marcus Vinícius assinou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O conteúdo da colaboração, porém, está sob sigilo. Após a assinatura, ele passou a responder ao processo em liberdade.

Segundo Marcus Vinícius, Braz era o responsável pelo recolhimento de valores desviados no esquema que envolveu uma ONG para "favorecimento ilícito de Romário".

O delator afirmou que os pagamentos ocorreram durante o período em que Marcos Braz esteve à frente da Secretaria Municipal de Esportes do Rio, cargo para o qual foi indicado por Romário. Braz comandou a pasta entre janeiro de 2015 a março de 2016.

Após a delação, o MPF solicitou à Prefeitura do Rio informações sobre contratos no valor total de R$ 13 milhões assinados por Braz com o Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania (Cebrac) para a gestão de vilas olímpicas, locais destinados à prática de esportes.

Ainda segundo o delator, o dinheiro desviado veio dessa ONG, que obteve recursos por meio de contratos com a Secretaria de Esportes. Os desvios ocorreriam pelo pagamento de valores superiores aos serviços realmente prestados, caracterizando superfaturamento.

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