Os temporais e cheias que deixaram 163 mortos no Rio Grande do Sul agora colocam o estado sob alerta em razão da leptospirose. Até este sábado (25/05), a Secretaria Estadual da Saúdes (SES) havia registrado 800 casos suspeitos da doença desde o início do desastre.
A leptospirose é transmitida pela água suja, contaminada pela urina de ratos. O risco da doença foi potencializado pelas inundações que ocorrem no estado desde o fim de abril.
Segundo a Secretaria de Saúde, são 54 casos confirmados e quatro mortes identificadas.
Ainda há outros quatro óbitos sendo investigados no estado, em Encantado, Sapucaia do Sul, Viamão e Tramandaí.
Os exames que confirmam ou não os casos de leptospirose são feitos pelo Laboratório Central (Lacen) do RS.
Os especialistas dispõem de dois diagnósticos: o de biologia molecular (RT-PCR), para casos suspeitos nos primeiros sete dias de sintomas, e o diagnóstico sorológico, que detecta o anticorpo produzido pelo organismo do paciente após sete dias de sintomas.
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela Leptospira interrogans. Ela é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente roedores.
Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas pode se infectar.