Boletim divulgado nesta terça-feira (14) pelo Ministério da Saúde aponta que não hĂĄ mais nenhum estado brasileiro com tendĂȘncia de aumento de casos de dengue. Enquanto Maranhão e Mato Grosso registram tendĂȘncia de estabilidade de casos da doença, todas as demais unidades da Federação apresentam tendĂȘncia de queda.
"Nós jĂĄ vimos que a ordem natural ou o padrão é que, na próxima semana, esses dois estados jĂĄ entrem em tendĂȘncia de queda. Entre uma e duas semanas., esse tem sido o padrão dessa epidemia de 2024 no Brasil", avaliou a secretĂĄria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
Os números mostram que, atualmente, o país segue com 10 decretos de emergĂȘncia por dengue nos seguintes estados: AmapĂĄ, Distrito Federal, Espírito Santo, GoiĂĄs, Minas Gerais, ParanĂĄ, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. "A tendĂȘncia é que esses estados revoguem os decretos a partir do momento em que atingirem menos de 300 casos por 100 mil habitantes".
HĂĄ ainda, segundo o boletim, 632 decretos municipais de emergĂȘncia por dengue em vigĂȘncia, sendo que a pasta revisa, neste momento, mais de 500 deles. "É uma situação muito diferente do que nós víamos hĂĄ alguns meses. Estamos agora em outro momento dessa epidemia no Brasil", completou Ethel.
"Nossa estimativa é que, a partir do momento em que decretam emergĂȘncia, eles devem ficar de trĂȘs a quatro meses com esses decretos [em vigĂȘncia]", explicou. "Mesmo com essa tendĂȘncia de queda da maioria dos estados, continuaremos a repassar [recursos] porque a tendĂȘncia é que a epidemia, em cada um desses locais, dure de trĂȘs a quatro meses".
Os dados mostram que o país contabiliza, em 2024, um total de 4.797.362 casos provĂĄveis de dengue – uma média de 2.362,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, incluindo 53.660 casos de dengue grave ou dengue com sinal de alarme. HĂĄ ainda 2.576 óbitos pela doença confirmados e 2.628 em investigação.