Começou nesta sexta-feira (26/04) a dragagem das lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O crescimento desordenado dessa parte da Zona Oeste transformou as lagoas num imenso depósito de lixo e esgoto. A despoluição foi promessa olímpica, mas nem os jogos do Rio conseguiram tirar o projeto do papel.
As equipes usam uma máquina que parece uma retroescavadeira flutuante para remover todo o lodo e o sedimento que assorearam e deixaram o canal muito raso, impedindo a passagem de máquinas e equipamentos pesados em direção à Lagoa do Camorim.
A profundidade no local atualmente é de apenas 30 centímetros. O objetivo é aumentar a profundidade do canal que dá acesso à lagoa do Camorim para 2,5 metros.
O trabalho deve levar no máximo vinte dias. Depois, máquinas e equipamentos pesados que já estão posicionados no Canal do Camorim deverão avançar na direção das lagoas para iniciar a dragagem.
A quantidade total de lodo que será removida equivale a 970 piscinas olímpicas. A maior parte desse material será lançada em cavas de até 13 metros de profundidade que foram abertas nas próprias lagoas anos atrás.
Para alcançar o objetivo maior, que é despoluir as bacias, além da dragagem, é impedir o lançamento de 47 milhões de litros de esgoto por dia nas lagoas. Quase metade desse volume, 21 milhões de litros de esgoto, deverão ser canalizados até o final deste ano.
Mas o prazo final de instalação das redes coletoras termina daqui a 4 anos.
Outra frente de trabalho que já dá os primeiros resultados é a revegetação dos manguezais. Ao todo, 165 mil mudas de espécies nativas de mangue estão sendo plantadas na região.