Em média, por dia, a Polícia Militar do Rio de Janeiro retira um fuzil das mãos de traficantes e milicianos. Em 2023, foram 492 armas deste tipo. Desse total, 227 são de fabricação americana, ou seja, uma deste tipo foi apreendida a cada dois dias. A maior parte na capital: 309.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Subsecretaria de Inteligência da PM. O fuzil é a principal arma utilizada pelas facções criminosas, seja quadrilhas de milicianos ou de traficantes na tentativa de conquistar territórios ou de garantir o domínio sobre as áreas já controladas.
Desde 2019, só a Polícia Militar apreendeu 2.073 fuzis. O maior número foi há 5 anos com 505 dessas armas. As estatísticas caíram com a pandemia e ano após ano vem subindo até chegar aos 492 de 2023.
No levantamento, o batalhão que mais apreendeu fuzis foi o 41º BPM (Irajá), responsável por patrulhar as regiões do Chapadão e da Pedreira, na Zona Norte da cidade, e uma das que mais registraram disputas de facções na capital do Rio. Em segundo lugar, a região do 18º BPM (Jacarepaguá) que, em 2023, registrou boa parte dos conflitos de facções, principalmente, com a ofensiva do Comando Vermelho sobre favelas dominadas por milicianos: Muzema, Tijuquinha, Gardênia, além da disputa pela Praça Seca, que já acontece desde 2021.