A primeira Operação Desmonte realizada na capital interditou dois ferros-velhos, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira (17/4). Agentes da força-tarefa do Governo do Estado constataram que os estabelecimentos não tinham documento de licenciamento emitido pelo Detran.RJ e não comprovaram, com notas fiscais, a procedência do material encontrado. Os donos foram conduzidos à 35ª DP (Campo Grande), que instaurou inquérito para apurar possíveis irregularidades.
A força-tarefa é coordenada pelo Detran.RJ e tem a participação das polícias Civil e Militar, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Secretaria de Fazenda, por meio da Fiscalização Estadual. A Operação Desmonte foi criada pelo Governo do Estado, em agosto do ano passado, para combater o comércio irregular de peças e carcaças de veículos e reduzir o roubo e o furto de automóveis no Estado do Rio de Janeiro.
Em um dos ferros-velhos, o Atacadão das Peças, na Estrada do Tingui, a existência de peças de automóveis novos chamou a atenção dos agentes do Detran e policiais civis que participavam da ação. Ao lado da unidade, em um galpão do mesmo dono, a equipe também encontrou carcaças de veículos. Em outro estabelecimento fiscalizado, na Estrada Rio-São Paulo, também foram encontradas peças e carcaças de veículos sem notas fiscais.
A checagem do material, segundo o corregedor do Detran.RJ, Daniel Bandeira, é uma prática da operação para identificar possíveis irregularidades. Os estabelecimentos ficarão interditados, e os proprietários terão até 30 dias para comprovar a procedência de todas as peças. Caso isso não ocorra, todo o material será apreendido e levado para destruição em uma empresa de sucata.
"Campo Grande é um bairro onde o índice de roubos de veículos é grande. Vamos prosseguir com as ações, com o objetivo de incentivar o credenciamento de todos os ferros-velhos do estado", disse Bandeira.
Essa é a 11ª ação da Operação Desmonte desde agosto do ano passado. Até o momento, mais de 500 toneladas de sucatas foram apreendidas e destruídas. Com as ações de fiscalização da força-tarefa, mais de 120 empresas do setor já estão em busca de regularizar a documentação para trabalhar de forma legalizada.