Diante da explosão de casos de dengue no Brasil, o Ministério da Saúde decidiu recomendar o uso de testes rápidos para diagnóstico e fechamento de casos de dengue, com a devida orientação aos profissionais de saúde das redes estaduais e municipais, e já iniciou a compra para distribuição em todo o país.
De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, outros testes para diagnóstico de dengue, como o RT-PCR, amplamente utilizado durante a pandemia de covid-19, são mais sensíveis na detecção do vírus. Mas o aumento de casos acelerado da doença levou a pasta a fazer a recomendação.
Foi elaborada uma nota técnica para orientar estados e municípios sobre a aplicação dos testes rápidos. Eles devem ser usados entre o primeiro e o quinto dia de sintomas, período em que a maioria dos pacientes busca um serviço de saúde. Mesmo em casos de resultado negativo, o paciente deve ser monitorado e ações estratégicas, como a hiper-hidratação, devem ser adotadas.
Para casos graves e mortes suspeitas por dengue, a orientação da pasta permanece sendo a realização de exame laboratorial, e não do teste rápido, uma vez que este tem limitações, como a incapacidade de rastrear o sorotipo de dengue que causou o agravamento do quadro ou o óbito do paciente, como informou a coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública, Marília Santini.
Atualmente, mais de 150 testes para diagnóstico da dengue estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, portanto, têm utilização autorizada em território nacional. Nenhum deles, entretanto, se classifica na categoria autoteste.