PaĂ­s tem quase 20 mil novos diagnósticos de câncer de pĂȘnis em 9 anos

No perĂ­odo, 5,6 mil pacientes tiveram órgão amputado

Por Conexão no Ar em 27/02/2024 às 15:44:22
Foto: Reprodução Internet

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A neoplasia maligna de pĂȘnis representa 2% dos tipos de câncer em homens no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre 2013 e 2022, 19,9 mil tiveram o diagnóstico. Desse total, 5,6 mil tiveram o órgão amputado por causa de complicações da doença.

"Câncer de pĂȘnis existe e, quando a gente fala de câncer de pĂȘnis, muitas vezes surpreende: "nossa, eu não sabia que essa doença existia." Ela existe, infelizmente o tratamento é uma mutilação, ou seja, a perda parcial ou total do pĂȘnis, a depender do grau dessa doença", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Eduardo Pimentel.

"Nós somos o terceiro lugar mundial, segundo uma pesquisa de 2017, em diagnósticos de câncer de pĂȘnis. E também estamos em terceiro lugar em número total de mortes por câncer de pĂȘnis em 2022", alerta Pimentel.
A doença começa com uma pequena ferida que não cicatriza, uma secreção com odor forte ou com a pele da glande mudando de cor ou ficando mais grossa. Por isso, o diagnóstico rĂĄpido é fundamental.

"Nós temos um medo muito grande de qualquer doença que impacta a sexualidade e, é claro, se eu tenho uma doença no pĂȘnis, e o tratamento muitas vezes é de extração parcial, às vezes, total do pĂȘnis, isso assusta muito. A gente sempre diz em medicina que é muito mais fĂĄcil tratar uma doença no início do que quando ela estĂĄ muito avançada", destaca o presidente da SBU.

Embora seja um tipo de câncer raro, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou nos últimos anos um aumento de cirurgias que, em geral, são o primeiro passo para a remoção da lesão no pĂȘnis.

Também cresceu o número de quimioterapias e de radioterapias, tratamentos indicados para quando o câncer de pĂȘnis volta ou em casos que não são considerados cirúrgicos. A maior incidĂȘncia é em homens a partir dos 50 anos, mas pode atingir também os mais jovens.
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