Os policiais também realizaram ações em Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Rio de Janeiro.
A operação é uma nova etapa das ações da polícia que apreenderam helicópteros e descobriram uma oficina para construção e manutenção clandestina das aeronaves.
Esta ação acontece juntamente com uma operação da Polícia Civil de São Paulo. Ao todo, são 65 mandados judiciais, sendo 18 de prisão e 47 de busca e apreensão, nas cidades goianas de Goiânia, Rubiataba, Nova América e Anápolis, além de Carmópolis de Minas (MG), Araçatuba (SP), Birigui (SP), Glicério (SP), Paraguaçu Paulista (SP), São Paulo (SP), Americana (SP), Boa Vista (RR) e Macaé (RJ).
Além dos pilotos, a polícia tenta prender os responsáveis pelo apoio logístico do reabastecimento dos helicópteros. A PF explicou que a organização criminosa fazia tráfico de drogas entre estados e até com outros países. A droga era transportada em helicópteros, que voavam de maneira clandestina, sem plano de voo e com certificados das aeronaves suspensos.
A droga é produzida na Bolívia e chega ao Brasil pelo Paraguai. Segundo a polícia, o grupo usava as cidades de Anicuns, no centro de Goiás e Paraguaçu Paulista como ponto de logística para reabastecimento, assim como distribuição de parte da droga, que era retirada dos helicópteros e seguia por terra até as grandes cidades, onde seria vendida.
Apreensões
As investigações começaram em agosto de 2023, quando dois helicóptero foram apreendidos em uma fazenda de Anicuns. A aeronave era adaptada para ser abastecida durante o voo. Durante a ação, foram encontrados cerca de 400 kg de cocaína. O piloto da aeronave, que era filho do dono da fazenda, foi preso.
"Como a droga é oriunda do Paraguai, há um grande deslocamento. Para poder deslocar grandes distâncias, esses traficantes estão abastecendo a aeronave durante o voo. Ou seja, além de transportar a droga durante o trajeto, no interior da aeronave, também transporta galões de combustível para que possibilite o abastecimento interno durante o voo", afirmou o delegado Bruno Gama.
Em outubro, outro helicóptero, avaliado em R$ 10 milhões, também foi apreendido. No início do fevereiro, dois helicópteros foram apreendidos durante operação contra o tráfico internacional de drogas. A operação também investigava a manutenção e construção clandestina de aeronaves.