O estado do Rio de Janeiro enfrenta aumento em relação à dengue, sendo mais de 17 mil casos registrados apenas no primeiro mês do ano. Enquanto isso, Niterói só teve 3 pacientes contaminados.
Esse número tão baixo em relação a outros municípios pode ter a ver com um projeto que foi iniciado há pouco mais de dois anos em Jurujuba, bairro niteroiense. O local foi o primeiro do município a receber mosquitos Aedes Aegypti modificados em laboratório.
Pesquisadores da Fiocruz retiram uma bactéria da mosquinha da fruta, a chamada Wolbachia, e injetam no mosquito fêmea.
Eles descobriram que o cruzamento de um macho com Wolbachia com uma fêmea sem bactéria interrompe o ciclo de reprodução do mosquito. Já as fêmeas que têm a Wolbachia herdam a bactéria.
Os especialistas explicam ainda que a bactéria não faz mal ao meio ambiente e impede que os mosquitos transmitam doenças para os humanos.
O projeto é feito em Niterói em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. As autoridades afirmam que os mosquitos modificados foram soltos em 100% dos bairros, que apresentam resultados no município.
Mesmo com a baixa, a prefeitura alerta que a população precisa continuar fazendo a parte dela em eliminar criadouros do mosquito.